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Câmara de Paripiranga em crise: governo municipal impede posse de suplente de vereador da oposição

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Câmara de Paripiranga em crise: governo municipal impede posse de suplente de vereador da oposição

A crise começou após a renúncia formal do vereador Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira.

Por: Bahia Visão

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Câmara Municipal de Paripiranga

A Câmara Municipal de Paripiranga vive uma crise política sem precedentes após denúncias de que a Prefeitura estaria mobilizando servidores públicos e orientando vereadores governistas a boicotar sessões legislativas, com o objetivo de impedir a posse do suplente de vereador Ival Rabelo, do MDB, aliado da oposição ao prefeito Talisson Santa Rosa (PSD).

A crise começou após a renúncia formal do vereador Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, também do MDB, em 7 de abril de 2025. De acordo com o Regimento Interno da Casa, a renúncia deveria resultar na convocação do suplente, mas o processo tem sido obstruído pela falta de quórum nas sessões. Mesmo com as convocações para os dias 8, 11 e 24 de abril, a ausência dos vereadores da base governista impediu a formação do quórum necessário para a posse.

A situação gerou um clima de tensão no Legislativo, quando servidores comissionados, incluindo professores, enfermeiros e diretores de escolas e hospitais, foram mobilizados para protestar nas dependências da Câmara durante o expediente. A ação visava tumultuar as sessões e pressionar pela manutenção da vaga em aberto, impedindo a ampliação da bancada oposicionista.

A oposição acusa o governo municipal de orquestrar um esquema para desestabilizar a Câmara e barrar o avanço de projetos que poderiam prejudicar a administração do prefeito Talisson Santa Rosa. Em resposta, a presidência da Câmara, sob a liderança da vereadora Neide Carvalho (MDB), defende que a renúncia de um vereador é um ato unilateral e não depende de deliberação da Casa.

Apesar da tentativa de judicializar a crise, o pedido de liminar do suplente Ival Rabelo foi indeferido pelo juiz André Andrade Vieira, que alegou que, regimentalmente, a posse do suplente só pode ocorrer com a presença de pelo menos seis vereadores.

Com o impasse, a oposição promete recorrer ao Tribunal de Justiça da Bahia e intensificar as denúncias públicas para garantir a posse do suplente e o funcionamento regular da Câmara. Enquanto isso, a Casa segue com apenas dez vereadores, cinco dos quais são da base governista, e sem a resolução da crise política que ameaça paralisar os trabalhos legislativos.

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