'Cartas marcadas do crime': Bahia e Rio se unem para capturar foragidos escondidos em comunidades fluminenses
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Acusado por homicídio de funcionários de ferro-velho se entrega à Justiça após dois meses foragido
Salvador
Os jovens desapareceram no dia 4 de novembro após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá.
Por Bahia Visão
Foto: TV Bahia
Jovens desapareceram após saírem para trabalhar na capital baiana.
O acusado envolvimento nas mortes de dois jovens diaristas, desaparecidos em novembro de 2024, em Salvador, se apresentou voluntariamente à Justiça na última segunda-feira (9), após mais de dois meses foragido.
As vítimas desapareceram no dia 4 de novembro, após saírem para trabalhar em um ferro-velho localizado no bairro de Pirajá. Eles são considerados mortos pela Polícia Civil. O suspeito, dono do estabelecimento onde os jovens atuaram por cerca de três semanas, havia tido a prisão preventiva decretada em março deste ano.
Apesar disso, o juiz responsável pelo caso decidiu conceder liberdade provisória ao acusado, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de deixar a cidade. A decisão considerou a entrega espontânea, com a apresentação do passaporte e um pedido formal de desculpas, como indícios de arrependimento e respeito ao processo judicial.
Esta é a segunda vez que a prisão preventiva é revogada. O magistrado apontou não haver provas de ameaça a testemunhas ou risco à ordem pública. No entanto, alertou que o descumprimento de qualquer uma das medidas pode resultar na imediata decretação de nova prisão, sem necessidade de oitiva prévia.
Entre as condições impostas, estão:
Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, com exceção de deslocamentos a trabalho;
Proibição de consumo de álcool e frequentar bares e locais de jogos de azar, exceto em caso de vínculo profissional;
Fornecimento de dados de contato e localização à Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP);
Manutenção do celular ligado e carregado 24 horas por dia;
Proibição de danificar ou desligar o dispositivo de monitoramento.
Entenda o caso
Em março, o Ministério Público da Bahia denunciou dois homens — entre eles o dono do ferro-velho e um policial militar — por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça acatou a denúncia, tornando ambos réus e decretando nova prisão preventiva.
O acusado havia sido liberado anteriormente, também com imposição de medidas cautelares, mas foi considerado foragido após descumpri-las. Os advogados afirmaram que o novo pedido de prisão se deu justamente por esse descumprimento, embora não tenham detalhado os motivos.
Além do empresário e do policial, outras duas pessoas investigadas no caso também obtiveram liberdade em março. O envolvimento delas ainda está sendo apurado, e o processo corre sob segredo de Justiça.
Outras investigações
O acusado responde a diversas investigações criminais, incluindo homicídios, tentativa de homicídio, violência doméstica e suspeita de envolvimento com milícia e facção criminosa. Ele também é alvo de ações na Justiça do Trabalho — nove em andamento e outras 60 arquivadas — que tratam de acusações como assédio sexual, tortura e descumprimento de direitos trabalhistas.
Durante a investigação do desaparecimento, um veículo de luxo pertencente ao acusado foi periciado. O carro, avaliado em R$ 750 mil, estava em uma loja de automóveis na região metropolitana de Salvador e apresentava supostas manchas que podem ser vestígios de sangue.
Segundo relato dado anteriormente pelo suspeito, ele teria sido vítima de furtos de alumínio por funcionários e estaria prestando queixa policial contra um terceiro envolvido no mesmo dia em que os dois jovens desapareceram. Ele alegou que planejava acionar a polícia no dia seguinte, mas os trabalhadores não retornaram e não foram mais localizados.
A audiência de instrução do caso está marcada para o dia 16 de junho.
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